domingo, 16 de abril de 2017

Por treze razões, baseado na obra de Jay Asher



Criador: Brian Yorkey
Género: Drama, Mistério
Elenco Principal: Dylan Minnette ( Clay Jensen) e katherine Langford ( Hanna )
IMDb: 9,0/10

Para além dos livros, os meus tempos livres são também ocupados por séries, documentários e filmes.
Já tinha visto pela net várias postagens que mencionavam “13 Reasons Why”, uma série baseada no livro homónimo (editado no ano de 2007 e tendo como autor Jay Asher) e adaptada por Brian Yorkey para a Netflix.

Desta forma, descobrimos a história de Hannah Baker (Katherine Langford), uma jovem estudante de secundário que um dia, sem que nada – aparentemente – o fizesse prever, decide acabar com a própria vida. Podia ser mais uma história como tantas outras, não fosse o facto de Hannah decidir fugir do comum e decidir “despedir-se” através de 7 cassetes, com 13 razões para a sua decisão, cada uma correspondente a 13 pessoas que marcaram os últimos meses da sua vida.

A história começa com Clay Jensen (Dylan Minnette) a receber uma caixa à porta de sua casa, contendo as 7 cassetes gravadas por Hannah pouco antes de morrer. Esta deixa instruções claras: devem ouvi-las por ordem e passá-las a quem vos suceder na cronologia da sua história, caso contrário irão sofrer consequências.
Sem saber quando irá aparecer o motivo pelo qual causou a morte da amiga, Clay embrenha-se no que Hannah vai narrando, passando a história a ser contada numa dualidade de ambas as personagens.

É muito fácil viciarmos-nos na história (vi os 13 episódios em dois dias). Estamos perante uma daquelas situações em que só quem as passou sabe o que custa. A solidão, o desamparo, a dor terrível e excruciante que dá cabo de cada fibra do nosso ser.

Houve episódios que me custaram imenso ver pela forte carga emocional que acarretam. Há 3 que me marcaram particularmente, não só por serem bastante gráficos mas também pelos sentimentos tão opostos demonstrados pelas personagens envolvidas, num misto frieza/vazio/desespero.

Esta série é um chamado “abre – olhos”. Nunca percebemos realmente até que ponto as nossas ações influenciam, positiva ou negativamente, a vida de outrem; muito dificilmente nos conseguimos colocar completamente no lugar de outra pessoa e perceber a sua dor.

Apesar de algumas críticas que “13 Reasons Why” tem recebido devido aos temas delicados dos quais trata, penso que poderá ser vista como um enriquecedor processo de aprendizagem. Quantas vidas poderemos salvar se olharmos à nossa volta? Quantas dores poderemos apaziguar se, por vezes, tivermos um ato de carinho ou amizade que para nós poderá parecer banal?




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