domingo, 9 de abril de 2017

Orgulho e Preconceito, de Jane Austen



Autor: Jane Austen
Titulo: Orgulho e Preconceito
Género: Romance de época
Editora: Livraria Civilização Editora
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"Verdade universalmente conhecida é a de que um homem solteiro, na posse de chorudos haveres, necessita deveras duma esposa."
                                                                                                                  de, Jane Austen 
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Tendo "First Impressions" como nome original, " Orgulho e Preconceito" teve o seu lançamento oficial em 1813, após ter sido recusado por editores em 1797.

Jane Austen, sendo uma escritora bem avançada para a sua época, bem como crítica no que diz respeito à sociedade, nesta obra veio criticar/avaliar não apenas os casamentos arranjados com base no dinheiro, mas também a distinção marcante entre homens e mulheres na época. 

Nesta obra, a autora apresenta-nos realidades diferentes. As famílias mais abastardas, onde fazem parte Bingley e Darcy; e as famílias consideradas de um status social inferior, os Bennet e vizinhos.

A história principal gira em torno de Elizabeth Bennet e Fitzwilliam Darcy. Lizzie, como é carinhosamente apelidada, é descrita como uma jovem muito critica, irónica e de certa forma acaba por demonstrar algum preconceito relativamente a Darcy, enquanto que este é muito orgulhoso de si mesmo e arrogante.

Orgulho e Preconceito, é contado pelo ponto de vista de Elizabeth, que tem a sua própria forma de lidar com os problemas relacionados à educação, sociedade, cultura, moral e o casamento, regra geral, brincando com o assunto. 

Quando Mr. Bingley, se decide mudar para Netherfield Park, a casa dos Bennet fica um alvoroço, pois Mrs. Bennet parte do princípio - tal como qualquer mulher da época - que este, sendo bem sucedido, deve estar à procura de esposa. Sendo Bingley considerado um jovem abastado e de boas famílias, Mrs Bennet, cuja maior preocupação é arranjar bons casamentos às suas filhas, decide apresenta-las ao jovem.

Mr. Bingley demonstra-se um cavalheiro, bem-educado e divertido e acaba por demonstrar uma inclinação especial por Jane, irmã mais velha de Isabel. Apesar das interrupções desastrosas da Srª. Bennet, e as três irmãs mais novas, Bingley e Jane vão-se entendendo.
A acompanhá-lo, Bingley trouxe as suas duas irmãs, Caroline Bingley e Louisa Hurst, o seu cunhado, Mr Hurst, e o amigo Fitzwilliam Darcy, o outro grande foco da história.

Darcy é considerado um homem imponente, de “nariz empinado” e orgulhoso, criando uma imediata – e mútua – animosidade com Elizabeth. O sentimento só piora com a chegada de George Wickham, um jovem que conhece Fitzwilliam desde a infância e que não tem pudores em revelar os seus sentimentos pouco favoráveis em relação a este.
Pelo caminho, Jane vai conquistando corações, acabando por sofrer uma desilusão Já Lydia, a mais nova das Bennet, comete um erro, considerado crasso na época.

Apercebemos-nos, deste modo, que nem tudo é o que parece, pois há personagens que nos desiludem, sendo compensadas pelo bom coração que outras demonstram ter.

Com um enredo cheio de aventuras - e desventuras -, é fácil percebermos o ponto de vista crítico de Austen.

Confesso que o livro me deixou a pensar: Quantas vezes não julgamos as pessoas à primeira vista (e quantas vezes, não nos apercebemos que estávamos errados em relação às mesmas)? Quantas vezes «não julgamos gato por lebre» e acabamos “apunhalados”?

Uma obra, que faz suspirar qualquer coração, além de nos apresentar os problemas que as pessoas se deparavam na altura, relativamente ao status. Foi o primeiro contacto que tive com Jane Austen e de certeza não será o último.

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